terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Nossas opções

A ciência fragmentou o conhecimento e o conhecimento do homem é proveniente da observação da natureza e das reflexões derivadas dessa observação.Sendo assim, a fragmentação do conhecimento levou o homem compreender seu meio como um conjunto de pequenas partes.
Fragmentar o conhecimento foi necessário para aprofundar suas diversas áreas, entretanto necessitamos unir cada peça desse gigantesco quebra-cabeças, para que possamos entender nossa participação nos processos de criação e destruição.
Nossa crise não é apenas ambiental, a humanidade passa por uma severa crise de identidade. Ainda não somos capazes de nos reconhecermos como parte do todo, dessa forma temos a enganosa sensação de que tudo que não é homem existe para servir o homem.
Para que possamos salvar o mundo, temos primeiro que salvar o espírito humano, que se afoga nas ilusões de um mundo "artificializado".
Temos que sentir a Terra, reconhecê-la como nossa grande mãe, como o ventre que oferece as condições de sobrevivência para os frutos que nele crescem. Para que haja esse reconhecimento precisamos reencontrar nossa essência divina, nossas ligações com os elementos que formam tudo que vemos e sentimos.
A força divina não está apenas na abstração espiritualista, também pode ser encontrada no contato com o meio físico, desde que esse contato seja realizado de forma consciente e desprendida, sem medo e sem preconceito.
Quando crianças andam pela lama, pulam em poças deixadas pela chuva, ou constroem seus castelos nas areias de uma praia, encontram ali sua essência divina, e a partir deste ponto iniciam a construção de sua relação com a mãe Terra.
O valor do dinheiro é reconhecido por qualquer um, até mesmo pelos adultos, mas o valor dos elementos somente é reconhecido pelas crianças ou por aqueles que são capazes de retornarem à infância mesmo que seja por alguns instantes.
A gestão governamental dos recursos naturais é fundamental, agregar valor monetário ao ambiente é necessário, mas enquanto não formos capazes de nos integrarmos ao nosso meio poucas são nossas esperanças.
"Nesse momento nossas maior necessidade não é deixar um mundo melhor para nossos filhos, mas sim deixar filhos melhores para o mundo".
Investir em Educação é permitir a formação da consciência coletiva e a ação da coletividade é a unica saída para a salvação da espécie humana e de nossos contemporâneos.

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